Nos bolsos
E no canto do olhar
Vejo-as empilhadas no cesto de roupa suja
No rejunte do piso
No cansaço diário
Busco-as no espelho do banheiro
Entre as gotas da ducha de banho
Nas minhas linhas de expressão
Tento lavá-las com detergente e bucha
Arrancá-las com fio dental
Varrê-las, mas elas espalham-se
Por todo o chão...
Meu viço se dissipou
Com o vento da tarde
Evaporou-se no sol da manhã
Assustou-se com meus monstros noturnos
Já (ainda?) não sei
Quem sou
Neste verso torto
Rabiscado
Que é a vida
Quisera
Quimera
Que merda.
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