O silêncio pede espaço
Para aqui fazer morada
Onde tudo é tão veloz
Onde dia e noite são
Apenas palavras
E não, não se pode apagar as luzes
Estrelas se perdem
Num céu de led
O inaudível escorre
Por letreiros vacilantes de neon
Sons metálicos
Não são as engrenagens
Do meu coração...
Um palavrório abortado de significado
Entremeado pelo som vulgar das demolições
Construções e reformas
Inscreve o lamento aborrecido
De um caos
Filho do avanço
- para nosso fim, de certo...
E nesse tormento conspícuo
Quando quero apenas desligar tudo
E somente existir
Deito de lado no sofá
Concha do mar ao ouvido
Minha paz mora lá
Onde não existe nada
Além de relaxar.
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