quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Se eu morrer amanhã
Se perder a cabeça
Um braço, o olho
Quero ter sido eu
Integralmente
Integramente

Providenciarei um derramamento de mim
Um despacho do que pretendo ser
Para simplesmente... ser!

Sou amor da cabeça aos pés
Sou fúria também
Contenho a raiva que pode destruir o universo
Sei pacificar
E espargir a aura mais pura c'alma
Tem vez que sou dia
Outra que sou noite
Vivo como tardes,
- Nos intermediários da busca de si -
Ou sinistra como a madrugada, que alquimiza a aurora.

Quero que, outrora,
Seja lembrança de aprendizado
E que agora
Eu crie meu legado:
Humilde traço

Inventar sonhos
Poemar linhas
Coser feridas
Acalantar vidas

Ser mais leve que pluma
Voar feito dente de leão
Contudo, causar um tufão
Tal qual efeito borboleta.

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