domingo, 13 de março de 2016

Não gosto de teorias
Meu negócio é o empirismo
Falar sobre o salto de fé
- aquela coragem de pular do abismo quando não há mais para onde ir -
É bonito
Mas o que faz minha cabeça é me jogar

Res non verba

Passei a vida mergulhada nos livros
Quando sempre gostei foi da experiência

Exercitei o músculo do pensamento
Enquanto o corpo atrofiava
- era sempre o medo de me jogar misturado à fascinação da queda.

Cá estou, de braços abertos,
Em queda livre.
E vivo, não mais morro.

E abraço as dores
Acolho os medos
Aceitos as imperfeições
Encaro os desafios

Se é mais fácil?
Nem nunca será!
A cada salto uma nova paisagem

É como viajar a um país distante
Com idioma que ainda hei de aprender.

É se tornar poliglota
Decifrar a linguagem interior
Comunicar com a vida dentro e fora de nós.

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