terça-feira, 9 de outubro de 2012

Vida é como chama de vela
que num sopro pode se apagar...
Como uma fisgada de consciência
abre-se a fenda dos olhos
num derradeiro contemplar
desse mundo transitório.
De um lapso, o suspiro de socorro:
Socorro! Não me deixem aqui!
Não me deixem só...

Quando se entende que o caminho é trilhado
à solidão
e o medo dá um nó
- aperto no coração
convulsão!
A vida e a morte numa dança
cadenciada
satírica
urgente
arrepia a gente!
Que mistério haverá do outro lado?
Que mistério haverá no coração
de um homem que sente seu último sopro?

*Dedicado ao seu Germano, que estirado no chão duro do terminal de ônibus do metrô Conceição clamou por sua Lenita entre um espasmo e outro e fortes dores no coração. A ambulância demorou mais de meia hora para o socorro e é só até onde sei sobre o estado do seu Germano... (em 08/10/12)
_nascemos e morremos sozinhos, mas não carece uma mão quente pra segurar a nossa e dar conforto.

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