sexta-feira, 9 de maio de 2008

É quando a noite silencia
E as criaturas soturnas
Sobem as cortinas
Que me percebo
No palco
Nua,
Apenas um embrulho
À mão;
Carrego a angústia
E a dor sufocante
Em papel laminado
Sob o breu pesado
Dos incontáveis dias
Em que acordo
Com o corpo suado

Na mão crispada,
O lápis que escreve
As entrelinhas
E um sono denso
A consumir os pensamentos.

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