sexta-feira, 13 de julho de 2007

Então pára o tempo
Com a força das mãos
Passa por mim como furacão
Faz a tempestade encharcar
Meus dias claros
Traz aquilo contigo
Traz a paz que eu preciso
Atravessa a lama e o caos
Pensa alto meu nome
Ouve essa melodia?

No canto da boca
Escorre o riso maroto
De quem sente que algo vale a pena
De quem levanta sob as manhãs
E bebe um gole de café amargo
É que tem a boca doce
Do beijo na lembrança
É do tempo que se dá
Para poder respirar
Mas a inevitável calma aparente
Traduz uma incerteza...

Que será de mim agora?
Que foi feito de mim antes;
Sair recolhendo os pedacinhos
Que se soltam no caminho
Se postar à espera
Do que for meu destino
Não mais luto contra ele
Demos as mãos:
Eu, resignada
Ele, menos voraz
E desistir inclui paz?
Antes fosse...

Minha projeção não é paralela
Meus anseios se convergem
Na linha de um trem
Direção de uma única vida
Entende o que digo?
É que você vem como onda calma
E quebra na beirinha
Recua
Não sei se porque é onda
Se porque foge de mim
Mas se à noite sussurro seu nome
Perdoe minha doçura
Preciso falar-lhe ao ouvido.

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