sexta-feira, 22 de junho de 2007

Você, que como eu
Tem o céu e o inferno
Esculpidos em cada fibra de carne
Do seu corpo
Que respira a poluição dos dias claros
Da gente "sensata e trabalhadora"
E mergulha no submundo úmido
E escuro de noites solitárias
Que vê a carne podre e cheia
De bichos asquerosos nos lixos
E sente o cheiro acre
Dos pecados que a cidade
Exala quando escurece
Você, vestida com seus véus
Abriria uma fresta para encarar
A luminosidade como ela é?

Nenhum comentário: