Olho ao redor
sinto que habito
um cemitério
sinto que habito
um cemitério
Tudo é coberto por esse pó
fino
de concreto e metal
de fuligem e frio
As pessoas tem bicos
em lugar de olhos
e desferem palavras
que não compreendo
É quando aparece esse estranhamento
que sinto a garganta fechar
ao mesmo tempo
o coração expandir
Não quero caber
Aqui não é mais meu lar
Honro meu coração
A mente só aprisiona.
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