quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Olho ao redor
sinto que habito
um cemitério

Tudo é coberto por esse pó
fino
de concreto e metal
de fuligem e frio

As pessoas tem bicos
em lugar de olhos
e desferem palavras
que não compreendo

É quando aparece esse estranhamento
que sinto a garganta fechar
ao mesmo tempo
o coração expandir

Não quero caber
Aqui não é mais meu lar
Honro meu coração
A mente só aprisiona.

Nenhum comentário: