Nenhum comprimido
pode me salvar
nenhum deus
quando tudo
é a individualidade intrínseca
os fios
dos pequeninos
pontos
de conexão humana
- ou seria mundana? -
ora são frágeis
ora intensos
como seda de aranhas
meus dedos se agarram
a essas teclas
buscando enunciar
o inexprimível
o ignoto
minha fantasmagórica
passagem nesse espaço-tempo
perguntas nunca respondidas
inquietam desde a medula
reforçam minha sede
por uma chispa de satisfação
um gole
uma gota que seja
de serenidade
é o descanso de que preciso
sem isso
me debato
qual peixe tíbio
em águas infinitas.
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