Desabado
Como os bêbados
As putas
Os desvairados
Tenho um quê
De desespero
No canto do olho
Um peso na respiração
Uma dor lancinante
Na boca do estômago
Sou almada marginal
De uma vida ilhada
Na multidão de insensibilidades
Sou bruta até lá no fundo
É a superfície que me entrega
Estraga
Esfrega essa fragilidade
Bola de algodão
Pena de faisão
Bolha de sabão.
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