terça-feira, 8 de setembro de 2015

Presente

Quando você acordar por dentro
Haverá tempo de sol por trás da janela
Há de haver doçura e plenitude,
Embora alguma poeira embace à primeira vista

Pés nus no asfalto ou no frio do gelo
Me desnudo dos antigos dizeres,
das decrépitas crenças
dos pesos em minhas asas

solto o laço devagar
saboreio o momento:
único pássaro que nunca viu gaiola

fala, em qual parte você vai deslizar
e escorrer docemente sem retorno nem projeção?

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