quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ouço os clarins
Ventos incertos
Trazidos da poeira
Do tempo

Ouço sua voz,
Ainda que não a conheça
Invisto contra a distância
Contra a descrença

Talvez eu seja uma boba
Boneca de engonço
Farsa tola
Que você vai descobrir

Talvez você seja fruto
Dos meus medos ocultos
Navegante das águas ralas
De minha solidão.

Ouço a música que toca
Em minha noite vazia
E conto mais números
Que os dedos que possuo

Deixo versos inacabados
Sítios povoados por devaneios
Esqueço um beijo delicado
Onde meu corpo não está.

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