terça-feira, 23 de junho de 2009

Insatisfação
Esfacelamento da razão
Solidão crescente
Saturada e contínua
Apreensão.
Códigos trocados
E olhos bisbilhoteiros
A te torturar
Indignação
Estagnação.

Não consigo raciocinar...
Conto um ponto
E os nós se perdem em fios soltos
E mais nós que fiz e desfiz
Já não vejo a ponta
Já não ouço os sons...

Não distingo os sabores e os odores
Não sei mais nada sobre calores...
Aqui só faz frio...
Aqui embaixo é escuro e frio e solitário
O eco é medonho e faz tudo parecer menor
As palavras já não acodem como antigamente
[Socorro!]
Eu clamo, mas a boca parece costurada
Ninguém percebe, ninguém ouve...

Todos os dias um esforço hercúleo
Para espantar o mau agouro
Todos os dias essa mesma reza
Essa pressa em acabar o dia...

Os versos pela metade,
Pendendo agruras,
Deixando por dizer...
Que eu preciso de ajuda.

Um comentário:

Priscila Silva disse...

Falou todinha por mim. Mas com cautela, sutileza, leveza... Tudo que ainda não consigo dizer de outra forma que não lágrimas!