sábado, 12 de julho de 2008

Tem algo pesado em mim
Que resvala pra poesia
Um certo cisco
Um lesto incômodo;
Vai tão ígnea e zombeteira
Alma contra a vida
Qual macaréu
Que devasta as bordas
De onde passa
Largando um laivo
Nas bocas
Dos beijos que deixou
Nos corpos que arruinou...
E eu não sei que é que pendura
Nas palavras
E as torna tão carregadas
Assim de sal.

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