segunda-feira, 3 de março de 2008

Não passo simplesmente
Pelos lugares e olhares
Imprimo meus passos
Onde pousam meus olhos
As memórias vêm ácidas
Mas dizem que "recordar é viver"
Então vivo intensamente
Sinto cada sopro de ar
Cada tapa na cara
Não.
Eu não choro por fraqueza
Choro por tristeza
Por mentiras que não posso engolir
E porque, às vezes,
Eu gostaria de engolir.
O passado chega trotando
Cobre meus dias de poeira
- Tenho alergia a pó.
Ainda assim,
Com toda torcida contra,
Umas pedras na estrada
E umas desculpas esfarrapadas
Sei bem o escopo dos meus desejos
É por eles que continuo em pé
E no salto altíssimo
De lá, meu bem,
Ninguém me tira!

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