terça-feira, 18 de setembro de 2007

Elas sobrevoam minha cabeça
Bêbadas de tensão
Bolhas escassas de sabão
De um tempo sem medida
De uma dor escondida
Um grito de tesão
Emitido da garganta esgoelada
Da boca desgraçada
Que você beijou
Foi um só o tempo
Que eu amei o seu furor
Que eu pisei meus pés na sua vida
Que revolvi a terra seca e dura
Para semear sua atenção
São somente lembretes do passado
Grudados na porta da geladeira
Um blues chorado no rádio
A sala escura e o medo
Do hábito de sofrer
Ontem a noite foi diferente
E eu pensei que seus olhos demorariam
Na direção dos meus
Hoje eu acordei com uma dor de cabeça
E o corpo latente emergindo do sangue
O rosto borrado de rímel

Mas se acaso quiser saber de mim,
Pergunte à Janis
E ela lhe dirá como a minha música toca.

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