sábado, 21 de julho de 2007

Minha loucura não me deixa
Se digo azul, é azul
Ela diz que é negro...
Meus pés correm apressados
Passos fincados no asfalto encharcado
Há um vento forte e frio
E as gotas se jogam,
Furiosas
Como quem quer se vingar de uma dor
Meu escudo negro e eu
Atravessamos de ponta a ponta
Sem medo e com prazer
Por estar acima do nível d'água
Por respirar...
E quando piso o pé em casa
A calmaria chega
A porta pronta se abre
Pra eu entrar
E bate na cara de minha loucura
É só ligar o rádio bem alto
Que não a ouço gritar.

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