segunda-feira, 18 de junho de 2007

O céu rasga numa tempestade cinza
Meus olhos refletem os furiosos e azuis relâmpagos
Meu peito debruçado no parapeito de marfim...
Tão limpo e tão claro;
Uma mecha negra de cabelo serpenteia ao vento
Novamente meus olhos refletem a fúria do céu
Meus lábios são pálidos,
Carecem de calor e carmim
Meu sangue é gelado
Tal qual as gotas suicidas que se atiram contra as telhas...
Meu contraponto é o colapso
Minha tristeza é música bem tocada
Pelos dedos compridos e lânguidos de um'alma atormentada;
Como flor abatida pela tormenta
Deixo-me cair no chão e lá fico
Rodeada pelo cansaço intermitente
Minha cabeça lateja, agora
Minha dor é o alimento
Dessas noites sem fim
E eu vejo a visão púrpura em meu quarto
De um não materializado você....

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