quinta-feira, 18 de junho de 1998

No palco das madrugadas é que elas se apresentam Vestem suas máscaras desbotadas Abrem a cortina da Morte para representar seus papéis; Entram em nossas casas e sentam-se aos nossos pés E com prazer passam a saborear o fruto doce da Vida. Essas criaturas inóspitas, pobres almas abortadas Que rasgam a noite a chorar e sugar nossas emoções; Encontram-se num meio fio entre a Morte e a Vida... Tentam resgatar, então, um sopro do Ser Terão o mesmo ardor de antigamente?

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