Uma vida inteira
Fluindo pela gota
Pendurada na ponta
Do focinho
Medo.
Não tenha medo,
Meu amor!
Colo meu corpo contra o seu
Abraço forte
Dou-lhe um beijo
E ela é sedada
Responde ainda
Aos estímulos:
Ouve, entende, vê.
Sente o cheiro abafado
Da noite derradeira
Perde a consciência...
Sinto seu coração acelerando
E logo... não sinto mais nada.
Acabou o sofrimento,
Dela e meu
Acabou.
Resta o amor, a saudade.
Resta a paixão.
Um comentário:
Ah, Mme. Bartchewsky... Como pode tanta força poética em versos tão singelos? Muito lindo esse poema, muito "caseiro" e refinado ao mesmo tempo. Acompanharei este espaço. ;-)
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