domingo, 17 de maio de 2009

Um som na vitrola
Um funk de 70'
Um soul, uma black de Brown
De Ben ou de Tim...
O sambaião, som bão
Que embala a noite gostosa
Numa voz, uma bossa
De Elis, Nara e Tom...
Quero o sono caindo em Chico
E os sonhos vagando depois do Bourbon;
Eu, sentada no piano, enquanto você toca
Copo na mão, flor no cabelo,
Sinto o perfume que invade a janela
Do jardim úmido e aconchegante
E você me olha...
Olha...
Eu sou assim,
Essa biruta no telhado,
Esse vórtice caleidoscópico:
Começo no A
Termino no Z
Eu não tenho medida
Nem articulo direito as palavras
Quando essas voam para você...
Quero saber, ouvir, dizer, tocar, me dar...
Estar próximo ao seu ouvido quando você acordar.

Eu quero ser essa cor alegre no teu sorriso claro.
Raro.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá... Passando para visitar seu blog. Parabéns pela sua sensibilidade poética. Ser poeta é sacramentalizarmos o Sagrado que vive em nosso ser.
Parabéns!

Flávio Sobreiro.

PS: voltarei outras vezes...

Thamíris Dias disse...

Cris,

Suas palavras me trouxeram o passado na bandeja... encontrei meus outros "eu"... lágrimas aos olhos! Obrigada!

Bjsss