Um assombro!
Quando ela tira o véu
E a gente vê a carne exposta
O vermelho do sangue
Que não é carmim de boca
O cheiro de medo que exala
Dos olhos - enormes faróis,
Ela ciceroneia a loucura
Com máscaras venezianas
Entra e sai com classe dos salões
Dança a última música
Solitária, ao som do violino
E arrebenta um tendão
Pra não sentir a dor.
2 comentários:
É impressionante a quantidade de dúvidas que este poema paira no coração de quem o lê: Quem tira o véu ? Ela ... a morte ? Ela ... um amor ? Ela ... o passado ? Ela ... o medo ... ?
Eu sei que a resposta é qualquer coisa de tudo isso e, ainda, qualquer coisa de muito além que meu coração ousa sentir.
Cada vez que leio um poema teu, ele me bate na cara. E o pior é que a mim, resta a bofetada e a espera atônita ... a espera do passar da dor.
É sempre muito bom passar por aqui.
BJu de Minas !
^^
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