domingo, 5 de abril de 2009

Um assombro!
Quando ela tira o véu
E a gente vê a carne exposta
O vermelho do sangue
Que não é carmim de boca
O cheiro de medo que exala
Dos olhos - enormes faróis,
Ela ciceroneia a loucura
Com máscaras venezianas
Entra e sai com classe dos salões
Dança a última música
Solitária, ao som do violino
E arrebenta um tendão
Pra não sentir a dor.

2 comentários:

Mário Liz disse...

É impressionante a quantidade de dúvidas que este poema paira no coração de quem o lê: Quem tira o véu ? Ela ... a morte ? Ela ... um amor ? Ela ... o passado ? Ela ... o medo ... ?
Eu sei que a resposta é qualquer coisa de tudo isso e, ainda, qualquer coisa de muito além que meu coração ousa sentir.

Cada vez que leio um poema teu, ele me bate na cara. E o pior é que a mim, resta a bofetada e a espera atônita ... a espera do passar da dor.

É sempre muito bom passar por aqui.

BJu de Minas !

Cristine Bartchewsky Lobato disse...

^^