sábado, 27 de setembro de 2008

Nuvem num céu borgonha
É da cor do que derramei
Hoje, pela tarde,
Num colapso,
Minhas lágrimas em evasão
Pelo espaço que ocupa a solidão

Soltei as mãos da vida
- agora trêmula, na agonia da ilusão -
Caminho sem cadência
Sob o veludo negro, perdido
Do céu

Sem assunto, nem prenúncio
Do que quer que seja
Vivendo essa pirotecnia
Que nunca finda
Na rua cinza rodeada de estacas
De concreto
De sinais espasmódicos,
Fantasmas psicodélicos

Eu, Pierrot.

Um comentário:

Anônimo disse...

Belo e profundo.
Nada a menos que esperar de ti!