sábado, 19 de julho de 2008

Tem meio de tarde insuportável
Que dói-me o estômago
E o coração
Tem noites delirantes
Que quase digo que te quero
Ma as manhãs clareiam
A cabeça,
Acalmam a angústia
E a saudade;
Só a palavra se debate
Grudada no esôfago
Arranhando qual gato
num ardente desejo de emergir
Na saliva.

4 comentários:

Anônimo disse...

Muito obrigada, moça!
Também estarás em meu blogroll
Escreves pacas!
Beijos

Anônimo disse...

ahah,como a borboleta diz, escreve pacas, mas isso já sabes...

vocabulário que te aguarde.

beijo, como te disse, não consigo dormir, e tomo café.

Sean disse...

toda vez que leio um dos seus poemas me parece que vc quer chegar algum lugar mas vc desiste, falta de coragem? Medo? Pq vc nao chega nunca onde vc quer Cris?

Cristine Bartchewsky Lobato disse...

Sean, quanto tempo, cara! Gosto quando comenta, pois sempre levanta algo interessante. Obviamente a leitura feita do lado de onde estou e do seu lado são diferentes. Talvez eu não consiga me enxergar claramente neste emaranhado que é minha vida. Ou talvez não queira abrir a ferida de modo a deixar o sangue escorrer livremente. Tenho o meu tempo que deve sintonizar com as palavras, portanto, acredito que não conseguirei libertá-las enquanto aprisionar minhas verdades.

Beijão